terça-feira, 24 de agosto de 2010

UM DIA IREI PARTIR

Praia Cartão Postal
Rio Crixás – GO 164
São Miguel do Araguaia – GO
23 de Julho de 2010
Vinte e três horas.

Noite para alguns do acampamento: Fria
As poucas labaredas bruxuleavam na fogueira
Noite clara pelo belo luar e céu estrelado
As moças, rapazes e adultos buscavam o calor aconchegante
da fogueira para nela se aquecerem

E eu?... Bem eu fiquei zumbizando pelo acampamento,
Após todos se aninharem em suas Barracas,
esperando logo se repousar nos braços do Orfeu.

Sentia o vento frio bater no corpo enquanto do lado oposto
recebia o calor proveniente da madeira ainda crepitante se transformando em brasas e alimentando as poucas labaredas que teimavam em não morrer, mesmo ao balançar pelas lufadas de ar frio trazidos pela brisa noturna.
Diante deste cenário é inevitável não filosofar.
De repente lá estava eu...

Um dia irei partir. Para onde não sei.
Posso mudar de cidade, ou de rio para acampar,
Também posso ir ver o Pai: e aí?

A beleza da natureza no Crixás...
A calmaria das suas águas...
A pouca profundidade...
O canto das gaivotas...
Quatis, macacos são vistos freqüentemente
A tranqüilidade de estar em contato com a Natureza...

Ao longe se ouve o canto de jaós.
O inconfundível “grito” das inhumas.
A cantoria dos sapos e barulheira dos grilos
Transformam este lugar em paraíso.

Um dia irei partir... Para onde; não sei.
Mas aqui no Rio Crixás, eu me encontro e neste e neste reencontro
Fico a meditar...

Peixes? Já não são tão abundantes.
A exploração de pescado é grande: consumo e comércio.
Mata ciliar? Está acabando. Pasto? Não somente.
Pois é comum encontrar acampamentos construídos com saran e
outras madeiras das proximidades do rio.
Quem protegerá o leito do rio contra o assoreamento?
Agua? Está desaparecendo a cada ano e depende muito do índice pluviométrico anual, o que parece está cada vez menor.

Um dia irei partir... Para onde, não sei:
Mas não terei de que me envergonhar no futuro.
Pois tenho tentado proteger, juntamente co m a SARC
Esta maravilhosa obra divina.
Espero que minha descendência também conheça este paraíso
Por isso estamos a lutar para que todos ajudem a preservar

Um dia irei partir... Para onde, não sei.
Posso mudar de cidade, ou de rio para acampar
Também posso ir ver o pai. E ai?
Bom e ai... Não posso mai esperar.
Partirei agora...
E espero que rapidamente posso me encontrar e
nos braços do Orfeu descansar
Mas calma... espera um pouco...
zzzzzzzzzz


N-valdo Alves (Sula)
24/07/2010
00:14h

7 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns... Sula
novamente seu texto é lindo, que vc continue tendo sempre esse dom de escrever e de tocar as pessoas com seus textos...
parabéns.. que vc continue sempre assim! Amanda Priscila

N-Valdo Alves (Sula) disse...

Obrigado Amanda Priscila. Que bom que você gostou de novo texto. Logo logo teremos outros textos por aqui. Visite-me sempre, ficarei sempre alegre ao ver seus comentários aqui.

Dulcimar Cardoso disse...

realmente como não filosofar diante de um cenario encantador como este.Parabéns maravilhoso seu peoma...abraços

ZILDA disse...

Amei o poema!!
Estou à espera de mais alguns...

REJANE disse...

Adorei!!! Como sempre vc se superou!!!

REJANE disse...

Sula, valeu pela força!!!

N-Valdo Alves (Sula) disse...

Obrigado! Rejane, Zilda e Dulcimar Cardoso!
Espero brevemente postar novos textos aqui.

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