terça-feira, 24 de novembro de 2009

PAPEL RECICLADO X PAPEL CONVENCIONAL (PARTE 2/3)

Como lemos no texto PAPEL RECICLADO X PAPEL CONVENCIONAL (PARTE 1/3), e levando em consideração o momento em que a Câmara de Vereadores está passando e o forte debate que ali se instalou a ponto de motivar o Ministério Público em São Miguel do Araguaia a solicitar cópias dos vídeos gravados durante as sessões daquela semana, creio que o texto que agora lês, deve enfocar não somente o tema cujo título traz a tona, mas fazer uma analogia aos momentos pelos quais a câmara está vivenciando. A Câmara hoje, tem sido como uma empresa, não que use o papel reciclado, mas em sua administração e a interação dos nobres vereadores que prezam pela transparência (e que todo órgão público deva ter), pela participação popular e principalmente pela economia financeira que vem obtendo ao saber gastar o dinheiro público. Prova é que hoje a casa conta com um veículo próprio, condicionadores de ar novos e que atende de fato a climatização do ambiente, ambos adquiridos à vista e com recursos próprios em menos de onze meses da atual gestão. E... ainda tem dinheiro em caixa.

Bem, voltado à questão dos reciclados, creio que o tema pede e é preciso usar reciclados não somente em nossos escritórios, mas é de grande urgência “reciclar” nossas idéias, nossas atitudes, e neste contexto revermos o foco que estamos dando em nossas atividades e reeducar nossas ações.

Ao falar em reeducar ou repensar nossas ações, cito a Panificadora Pão Nosso, cujo proprietário, Sr Tales Cardoso Machado, está abolindo o uso da sacolinhas plásticas e usando saquinhos de papel. Além de minimizar os impactos da poluição visual que ofusca a beleza natural dos lugares, reduz também a poluição ambiental pois os saquinhos de papel se decompõe mais rápido na natureza. Já imaginou todos comércios abolindo as sacolinhas plásticas? È... mas a responsabilidades não é somente dos comerciantes; mas, principalmente nossa, consumidores, que devemos recusá-las no balcão das lojas onde realizamos nossas compras. Já prestou atenção: quantas sacolas plásticas carregamos para nossas casas de forma desnecessária? Geralmente querem colocar um produto dentro de uma sacola diferente, algumas mercadorias nem precisam de outra sacola, pois já estão bem embaladas. É preciso dar um basta às sacolas plásticas. Façamos nossa parte.

A Drª Márcia, médica do Hospital João Salvino, já emite sua receita em papel reciclado e impressas, o que para mim é de suma importância devido além de estar contribuindo com o meio ambiente, facilita a vida de seus pacientes e dos farmacêuticos de forma em geral (... eles entendem o que está escrito) e evita a venda e consumo de remédios errados pela não compreensão da letra médica. Tomara que essa moda da receita digitada em papel reciclado pegue.

Outra importante mudança de atitude e que muito contribui para um meio ambiente mais saudável, é praticada pelo Colégio Sol Nascente, que por determinação de sua diretora, a Psicopedagoga Profª Adriana Albino, que implantou uma nova ideologia de consumo na escola; os funcionários daquela instituição não mais utilizam de copos descartáveis no dia-a-dia, pois a escola comprou e doou copos de uso permanente a cada funcionário, copos descartáveis agora somente aos visitantes e em ocasiões especiais (festividades onde há um grande aglomeração de pessoas). No intuito e na convicção de estar fazendo sua parte na preservação ambiental, a escola adotou com a Educação Infantil e primeira fase do Ensino Fundamental,  o squeeze (garrafas d’águas esportivas) para transporte e consumo do precioso líquido de forma individual. E em 2010 adotará em 100% o uso do squeeze. Aboliu o uso do isopor ha três anos das atividades didáticas, usando em seu lugar o papel paran, que quando descartado (e isso depois de reaproveitá-lo), se decompõe mais rapidamente que o isopor. Em suas festividades a escola não mais usa os pratos plásticos descartáveis, mas sim os pratos de papel e de louças. Quanto aos alunos, a escola os orienta que cada um leve o seu copo de casa, evitando assim o compartilhamento dos mesmos entre várias pessoas e prevenindo doenças. Porém a tarefa não tem sido fácil, até porque nem todos aderem rapidamente às mudanças propostas pela escola, é o caso de acadêmicos que estudam na universidade que ali está instalada, pois ainda não aderiram na totalidade à esta mudança de comportamento. Tendo ainda um pensamento que não condiz com a nova ordem mundial: usar os recursos naturais hoje, sem, contudo comprometer as futuras gerações. É preciso e possível cuidar do meio ambiente. E isso não é atitude ou privilégios de alguns, mas responsabilidade de todos nós. Basta querer.

Parabenizo a atitude da Profª Adriana Albino, que faz com o que o Colégio Sol Nascente tenha mesmo "um jeito diferente de fazer educação”. Parabenizo também a atitude do Sr. Tales Cardoso Machado, proprietário da Panificadora Pão Nosso; e a Drª Márcia do Hospital João Salvino. São estas atitudes que faz-nos ver que é possível contribuir para um mundo melhor, somente repensando e mudando de atitudes e praticando ações ecologicamente mais corretas.

E você leitor que pode fazer para NÃO POLUIR O MEIO AMBIENTE? Já que para despoluí-lo pode nos exigir algumas técnicas que não estão ao nosso alcance; e o processo de reciclar uma sacola é mais caro que produzir um novo. Você é capaz de mudar de atitude? Tens coragem de assumir esta responsabilidade? Vamos fazer nossa parte.
Por favor clique no link http://www.youtube.com/watch?v=Mt90HgmZnL8 e veja um video relacionado às sacolas plásticas.


São Miguel do Araguaia-GO, 24 de novembro de 2009
N-valdo Alves

sábado, 14 de novembro de 2009

ANTES DE...

Antes que tomes gosto pela bebida;
Antes que a bebida te domine;
Antes que o vício te consome;
Antes que desgraças a tua vida;
Antes do teu primeiro copo:
Penses em tua família.
Penses em ti.
Penses em Deus.
Será que tua família teus atos aprova?
Será que não te conheces?
Será que te lembras que és imagem de Deus?
Não; a tua família não te aprova, mas por ti sofre.
Não; não te conheces, pois se o contrário fosse, não farias tal.
Não; não te lembras que és imagem de Deus, se se lembrasse, seria luz no mundo.
És fogo morto.
És cinza de uma grande pessoa.
És presença que é solicitada...
... na família,
... na sociedade,
... no trabalho,
... na igreja.
És pessoa solicitada na presença de Deus.


São Miguel do Araguaia-GO, 08/05/2000
N-Valdo

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

PAPEL RECICLADO X PAPEL CONVENCIONAL (PARTE 1/3)

Durante a semana que terminou no dia 07/11, época em que ocorreram as sessões ordinárias da Câmara Municipal de São Miguel do Araguaia-GO, os parlamentares debateram sobre vários assuntos; ficando notório que a função “fiscalizatória” ou a “oposição” se instalou de fato naquela casa de leis.
A comunidade sãomiguelense estava atenta ao que lá se passava, e muitos sintonizaram os rádios instalados em seus automóveis e outros os de seus escritórios para ouvir os acalourados debates pela Rádio Vale do Araguaia – Fm 104,9 que é comunitária, e faz a transmissão das sessões ao vivo,
Entre debates, indicações, moções e outros assuntos de ordem do dia, uma indicação chamou minha atenção de imediato. Por isso merece meu destaque.
Trata-se da indicação inserida no Processo nº 000434/09 de autoria da vereadora e Profº Adaliza Alves de Souza Crepaldi. De acordo com este processo, com força de Decreto Legislativo, toda a papelada, isto é, todo papel a ser usado pelos poderes Legislativo e Executivo e todas as suas repartições deva ser: PAPEL RECICLADO.
Sabemos que o poder público, na maioria das vezes não age de forma ecologicamente correta; e este Decreto Legislativo sendo de fato executado, será um ganho ambiental não somente a nível municipal, mas nacional, pois evitará que árvores sejam derrubadas... ainda que de reflorestamento, para transformação em papel. Pois segundo alguns estudos, na indústria de papel são gastos aproximadamente 500 litros d’água para cada quilo de papel fabricado. Cada tonelada de papel reciclado economiza de 17 a 20 eucaliptos com 7 anos de idade.
O papel reciclado ainda é mais caro que o papel virgem, até porque são poucos os fabricantes deste tipo de material, uma vez que a sistemática de produção do papel convencional já está estruturada há muito. Reciclar o papel é “recriá-lo”; papel reciclado de verdade, é aquele que vem do lixo, vira papelão, papel higiênico, papel de embrulho... esses sim com custos/benefícios ótimo. Também existe papel reciclado de ótima qualidade para impressão.
Hoje, já é possível encontrar no comércio nacional, papel reciclado com pouca diferença de preço do papel virgem. Como manda o velho ditado: “se pesquisar encontra mais barato”. Difícil mesmo é encontrar nas papelarias este tipo de papel.
Se a preocupação for economia financeira, o papel virgem (o convencional) serve. Mas se tratando da qualidade ambiental, ai sim vale a pena pensar nos reciclados.
Segundo Ricardo Ricchini se “para os governos incentivarem a fabricação de reciclados com redução de impostos soa como uma ofensa, que pelo menos incentivem a coleta seletiva - o papel usado será melhor separado, existirá em maior quantidade e, a reboque, vai melhorar a condição social do povo mais necessitado”.
Se o uso do papel reciclado já é uma vantagem ambiental, imagine quando estivermos usando papel reciclado e de forma responsável. Veja na lata de lixo dos escritórios, de escolas, bancos e empresas quantos papéis desperdiçado, não somente por estar sendo descartado; desperdiçado por estar mal utilizado. Um erro na frase, concordância verbal, ou um acento fora do lugar (que deveria e poderia ser corrigido na tela do computador antes da impressão) e lá se vai 10, 20, 50 ou mais folhas para o lixo. E o que é pior: impressa somente de um lado. Na contabilidade não devemos considerar somente o papel, mas a tinta, a energia e o tempo desperdiçado na impressão, além do desgaste do maquinário.
Parabenizo a professora e vereadora Adailza Crepaldi, pela iniciativa. Tomara que a moda pegue e pegue para valer. Não somente em São Miguel do Araguaia, mas todas as prefeituras. Assim, teremos mais fabricantes de papel reciclados e os preços mais baixos. E um ganho ambiental indiscutível, além de “gerar “empregos” e distribuição de renda” para os que “vivem do lixo”.
Há muitas coisas que o poder público deveria dar exemplos. Dentre muitos casos, cito o uso de madeira certificada em suas construções. Sabemos que a iniciativa da vereadora e professora Adailza Crepaldi, é como uma gota d’água no oceano; como a ação do beija-flor ao tentar apagar o incêndio na floresta, mas são atitudes como estas que fazem a diferença, que se inicia um processo de desenvolvimento sustentável, e que não pode parar.
E você, o que acha do usar o papel reciclado? Dê seu ponto de vista. Fale sobre este assunto. E se possível adote-o em sua atividades diárias.

São Miguel do Araguaia-GO, 09 de novembro de 2009.
N-Valdo Alves

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A BÚSSOLA QUE VIROU MAPA

Prof. Antonio Lourenço Tomazetti.
Adaptado por N-Valdo Alves

Tá difícil achar gente que pensa. A inteligência é matéria prima raríssima. Diante disso, começa a morrer o principal atributo dos brasileiros: a imaginação.
A imaginação, a criatividade, precisa de um repertório mínimo. Exigem PENSAR. E as pessoas não são ensinadas nem motivadas a pensar. Pensar dói. Resultado? São cada vez mais raras as pessoas para as quais pensar é uma necessidade, um prazer.
Agora leve essa realidade para o ambiente empresarial. Pegue, por exemplo, um empreendimento que começou com 20 pessoas 20 anos atrás e que hoje tem 500, 1000, 20,000 Um volume de gente assim é impossível de ser administrado. Surgem então os gerentes. E os chefes. E os supervisores. E os encarregados.
A maioria, gente que não sabe pensar. Minimamente preparada pelas escolas e depois pelos programas de treinamento das empresas, sempre focados em melhorar a eficiência das pessoas. Raramente preocupados em motivar o pensar. O poder é esparramado...e as decisões passam a ser tomada por dezenas, centenas, milhares de pessoas sem preparo. Sem inteligência. Sem o hábito saudável do pensar. E esse fenômeno, em intensidades diferentes conforme a infra estrutura educacional de cada país é mundial. Um dia, alguém descobre que a única forma de colocar esse exército de ignorantes na linha é dar-lhes um roteiro.
Faça isso e aquilo. Depois aquilo e isso. E começam a surgir os programas de qualidade. A ISO 9000 é a primeira que surge em grande escala. Colocada como exigência pelas grandes empresas para seus fornecedores, a ISO torna-se febre mundial e, num primeiro momento, realmente ajuda a colocar os processos das empresas em outro patamar, com um ganho de qualidade importante. E não é preciso muito tempo para que surjam outros programas, como QS, TS, Seis Sigma, PNQ... cada um mais exigente que o anterior.
E é aí que mora o perigo. Aquele exército ignorante recebe a incumbência de gerenciar esses programas. E primeiro, surge a necessidade de montar estruturas para gerenciá-los. Depois vem um aumento agressivo da burocracia. Tempo e custo, e junto com isso, a tendência a colocar a certificação como um fim.
Um concurso. - Vamos fazer uma mobilização de 60 dias. A gente ganha o certificado e depois volta ao normal...E o pior: esses programas passam a ser interpretado como MAPAS e não BÚSSOLAS.
A bússola indica o norte. Aponta a direção. E as pessoas podem criar seus próprios caminhos, longos ou curtos, tortuosos ou retos. Cada uma desenhando-o conforme sua necessidade. Mas para isso, a pessoa tem que pensar. Mas pensar dói. E quando a gente não pensa...não pode usar bússolas. Tem que usar mapas. Fórmulas prontas. Que digam exatamente o quê e como fazer. E todos aqueles programas ambiciosos são transformados em gigantescos check lists que, se seguidos à risca, garantem consistência de resultados.
Qualquer medíocre tem então um roteiro a seguir. E se todos os medíocres seguirem o roteiro, a empresa anda nos trilhos. Fica, digamos, na média...Acontece que neste nosso mundo, o valor está justamente nas pessoas que encontram caminhos diferentes, que fogem do roteiro, que improvisam, que criam... Pessoas que dificilmente convivem com mapas acabados. Pessoas que dificilmente surgem em ambientes burocratizados, amarrados,controlados.
Essas pessoas lidam com valores intangíveis. Entendem que o diferencial está nos atributos que envolvem as sensações, as percepções, o relacionamento. Sabem que não será a qualidade do produto ou a eficiência dos processos que garantirá o sucesso.Será a inteligência, a ATITUDE das pessoas. Mas inteligência exige pensar. E como anda difícil encontrar gente que pensa...
E a onde entra a escola e o professor em tudo isso? Em tudo, planejamento, ética, coleguismo, respeito, respeito ao horário, e uma visão positiva da educação.
Nesses tempos de qualidade total, você tem que fazer certo da primeira vez, mas como? Se na escola que na verdade ela é o ensaio para a vida, ainda estamos fazendo o rascunho para depois passar a limpo. Fazemos o serviço duas vezes, pode?
É comum ainda encontrar professores que passam tarefa para que os alunos os façam em casa, e ai ele vai buscar ajuda de quem não está preparado para ensinar, o pai ou a mãe, que muitas vezes se quer tiveram a oportunidade de freqüentar uma escola.
As tarefas devem sempre ter foco na análise e no desenvolvimento intelectual, no pensamento, no desenvolvimento de idéias, na formulação de criticas, nas pesquisas individual para depois discutirem em grupo o resultado do que foi elaborado individualmente. E daí traçar um plano de trabalho, centrado no paradigma ambiental, investir em tecnologias, buscando produtos menos agressivos à natureza e ao homem. Evitando certas ações: roupas de peles de animais silvestres, jóias (agressão à natureza, para a extração do ouro) – minérios, água, enxofre; dentre outras.
Como também é comum encontrar pessoas que silenciosamente passam o pregão: “faça o que falo, mas não faça o que faço”, em se tratando da questão ambiental, a começar do papel de bala que joga pelos logradouros de nossa cidade, do desperdício de energia, de água, do desmatamento desordenado (aqui cabe uma reflexão: quando de se desmata sem licença é crime e as pessoas/empresas são multadas, mas e se tiram a licença ambiental, deixa de ser crime? Por quê? Não vai provocar a mesma ação e reação no meio ambiente?) Que fazer?! Deixar a vontade? Também não se isso acontece, perder-se-á o controle do que ainda resta de nosso meio ambiente.
As Secretarias de Meio Ambiente e os órgãos Ambientais, precisam mudar suas posturas para atenderem a demanda, antecipando as ações não esperar, agir, monitorar, fiscalizar e “multar” somente quando o estrago já está feito, mas, fazer o cidadão sentir que não esta sozinho que tem gente que se preocupa com a qualidade de seu ambiente onde vive, trabalha; não só cobrando resultado da parte comum (pessoas físicas ou jurídicas), mas envolvendo o processo educacional, praticando a educação ambiental e ajudado a construir um desenvolvimento sustentável e participativo (pena que nem todos envolve no processo e vivem a criticar os que o fazem).
Texto do Prof. Antonio L Tomazetti.
Adaptado por N-valdo Alves

LÂMPADA PARA OS PÉS E LUZ PARA O CAMINHO

Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz para o meu caminho." Salmos 119:105  E Jesus afirma: "Eu sou a luz do mundo; quem me ...